A canabis não cura o câncer, a Aids, a epilepsia. O que ela faz é aliviar alguns sintomas decorrente dessas doenças.
A “maconha funciona”, mas isso não significa que ela seja indispensável. O que precisa é avaliar se e quando vale a pena usá-la. Mesmo porque há outras plantas que também contam com evidências cientificas para as finalidades alegadas do uso da maconha.

 

       Não existe maconha medicinal. O que existe é maconha e o uso dela na medicina e/ou terapia.
        O termo maconha medicinal refere-se ao uso da planta não processada ou seus extratos básicos para tratar sintomas de doenças. Segundos uns poucos estudos, os canabinóides da maconha pode ajudar, por conta disso, muitos povos discutem que deve ser legal para finalidades médicas.
         Por que a maconha não é aprovada pela FDA? A Food and Drug Administration (FDA) não reconheceu ou aprovou maconha como medicamento. O FDA requer estudos cuidadosamente conduzidos em ensaios clínicos em centenas de milhares de seres humanos para determinar os benefícios e riscos de uma possível medicação. Até agora, os pesquisadores não realizaram ensaios clínicos em grande escala suficientes que mostram que os benefícios do canabinóides superam seus riscos em pacientes que se destina a tratar.

 

 

Tem havido interesse para tratar a epilepsia.
      O  canabidiol atua apenas para suprimir sintomaticamente as convulsões e não existe evidência clínica mínima de que corrige as anormalidades cerebrais causadora da epilepsia (epileptogênese) ou alteram sua história natural e o prognóstico de longo prazo. Além de ter que fazer o uso permanente para o controle das crises.

 

            Ensaios clínicos de terapias à base de plantas em pacientes com epilepsia são escassos, e questões metodológicas impedem quaisquer conclusões de sua eficácia ou segurança nestes pacientes.  Apesar destas limitações, justifica-se uma avaliação pré-clínica adicional de plantas e  seus compostos utilizando métodos científicos validados com base em relato de casos e observações populares do benefício clínico em doentes com epilepsia.
Eu, particularmente acompanhei casos de epilepsia que a medicação não controlava e foram cessadas as crises com o uso de ervas, sem contar que não tiveram que fazer o uso contínuo e permanente como é o caso do canabidiol. Isso é importante e faz a diferença, pois ainda não se sabe se há risco do uso permanente da maconha.

 

 Alegações para o uso de compostos da maconha:
Menos sofrimento
        Um dos meios de combater a proliferação das células do câncer é um coquetel de drogas. Infelizmente, elas provocam náuseas e vômitos, muitas vezes intoleráveis. No câncer ela parece ajudar a superar crises de náusea e vômitos provocadas pela quimioterapia. O mal-estar que decorre da quimioterapia pode se tornar intolerável se não for controlado e há pacientes que não conseguem dar continuidade ao tratamento. Por isso, o uso da maconha pode ser importante. Mas há outras plantas com evidências cientificas confirmadas para essa finalidade de reduzir o mal-estar, as náuseas e o vômito. 
       O extrato de gengibre iniciado 3 dias antes da quimioterapia demonstrou elevar significativamente a atividade antioxidante. Pubmed 28203106 Publicado 31 /12/ 2016 Estudo Humano.  Gengibre reduz a náusea induzida por quimioterapia aguda.  Pubmed 21818642 Publicado 30 /06/ 2012  Estudo Humano. Gengibre reduz a náusea induzida pela quimioterapia. Pubmed 22313739  Publicado 07 / 02/ 2012  Estudo Humano
Estimula o apetite em portadores da Aids
      A perda de peso entre os portadores do vírus HIV se deve a diarréias e à ação de diversas toxinas, entre outras causas. É agravada pela falta de apetite. O THC da maconha traz de volta a vontade de comer, combatendo a fraqueza.
Controle dos movimentos
       Talvez porque promove o relaxamento muscular, o THC devolve o controle dos braços e das pernas às vítimas da esclerose múltipla, doença que ataca o cérebro ocasionando espasmos musculares involuntários. Há outras plantas com evidências cientificas confirmadas para promover o relaxamento muscular.
Glaucoma sem pressão
        Há outras plantas que são lícitas e contam com evidências cientificas confirmadas para ajudar no glaucoma. Uma combinação de mirtilo e pycnogenol reduz a hipertensão intraocular e pode diminuir o risco de glaucoma sintomático.  Pubmed 18618008 Publicado 01 / 01/ 2008 Tipo de Estudo: Estudo Humano. O extrato de Curcuma-longa oral parece exercer um efeito hipotensor ocular no glaucoma primário de ângulo aberto. Pubmed 25319729 Publicado 14/10/2014 Tipo de Estudo: Estudo Humano. Além dessas, há outras substâncias naturais com evidências que podem ser úteis no tratamento do glaucoma. O glaucoma leva à cegueira incurável. Não há sinais de aviso prévio. Metade das pessoas com a doença nem sequer sabem que têm.  O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo após a catarata.
Asma controversa
A maconha causa a dilatação dos brônquios do pulmão e diminui a sufocação dos asmáticos. Mas a fumaça é prejudicial, inclusive porque contém nicotina (mais do que o tabaco). A fitoterapia proporciona melhora imediata nos quadros de Asma e pode tirar essas pessoas dessa dependência e do sofrimento.
Diminuição da dor
Foi descoberta uma substância da maconha no início dos anos 90, que é mais eficiente que a morfina no combate à dor.
As fitossubstâncias para combater a dor são importantes porque a medicina, hoje, depende muito dos subprodutos do ópio (como a morfina). Há outras plantas com função confirmada em evidências cientificas, bem como há procedimentos super eficazes para promove o alivio de dores lancinantes.